quinta-feira, 22 de junho de 2017

Desafios do Novo Movimento Democrático: Transparência política

Muito se idealiza sobre a política brasileira, em especial sobre os partidos políticos e seu funcionamento, porém, vivenciar o desenvolvimento dos partidos políticos é, por vezes, uma experiência desanimadora.

Os partidos políticos deveriam ser, em tese, a representação política mais qualificada da sociedade, onde a disputa por projetos societários fosse permanente, onde intelectuais, pesquisadores, professores, estudantes, militantes, aliados, com mandato ou não discutissem projetos para seus municípios, estado e país. Deste debate e projeto surgiria a representação em candidaturas que defenderiam este projeto. Por óbvio seria um debate com a sociedade e para a sociedade, de fora do partido para dentro do partido e vice-versa.
Mas não é isso que acontece. Mas deveria.

Os partidos políticos se transformaram ao longo do tempo, na sua grande maioria (aqui não cabe nenhum tipo de generalização), em feudos de interesses particulares de poucas pessoas. Nas últimas reformas políticas (mais eleitorais do que políticas) feitas pelo Congresso Nacional imperou os interesses de mercado (isso mesmo interesse do mercado político que agora virou um negócio de compra e venda) e a covardia. Poucos foram os que realmente se propuseram a fazer um debate aberto com foco nos interesses da população e da nossa democracia.

Feudos não suportam democracia e transparência pois a atuação destes é vampiresca, feita as sombras, em salas fechadas com acordos escusos, vivem das “provisórias”[1] da vida, no compadrio, sobre a regra do “toma-lá dá-cá” e suas relações se fundamentam entre a bajulação servil e ódio dissimulado não expresso.

Este é o jeito com que os “tradicionais” fazem política, esta é a velha política conservadora e sem conexão com o povo e suas necessidades.

Nós, do Novo Movimento Democrático, queremos um partido e uma política diferente, e para lutarmos para que isto aconteça precisamos ser um movimento realmente diferente.

Para nós “a prática é o critério da verdade” ou seja, de nada vale discursos libertários se nossas práticas não condizem com nossa fala.  O que vale é a essência da prática política e para isto precisamos dar forma a isso, com algumas precauções para efetivar este princípio.

Nossa carta de princípios[2] deixa claro as prioridades de nossa conduta política, mas é preciso avançar ainda mais.

Em primeiro lugar a transparências nas ações políticas. Nossas reuniões deverão sempre ser públicas, nossas opiniões e decisões devem ser publicizadas e colocadas à disposição da população.

O sistema de comércio partidário não nos interessa, não queremos ser donos de nenhum partido, queremos que o nosso partido funcione para representar o conjunto da população, queremos que nosso partido funcione para criar políticas públicas que favoreçam quem mais precisa de políticas, queremos um Brasil Nação com projeto de desenvolvimento.
Para isso é preciso sair das sombras dos acordos e da arrogância dos dirigentes que se acham intocáveis e ir para a formação de base abertamente. Dialogar com o povo é nossa prioridade!

Qualquer planejamento necessita de diagnóstico e será com o diálogo com o povo, vendo a realidade na sua perspectiva ativa e com a ciência das pesquisas e teorias que faremos um projeto político que desafie esta lógica política e que seja eficiente.

Abominamos qualquer idolatria na política. Neste caso não seremos aduladores de nenhum dirigente ou de conjunto de dirigentes, o que nos interessa é a política, o projeto político sempre será maior que o indivíduo pois é coletivo, o indivíduo pode ser a representação do projeto mas ele não é o projeto em si, é só uma representação do projeto.

Desta forma, na luta política o projeto coletivo vem sempre antes dos interesses individuais. Este é não só um desafio da ação política, mas também da formação política das futuras gerações.

Então nossa lógica nos debates é sempre questionar qual é o projeto político que está presente neste debate? Coletivo ou individual? Se a resposta for individual nossa disputa é transforma-lo em ação coletiva, é politizar o debate e garantir uma alta qualidade no debate, com coerência e firmeza.

Antes de debater quem vai nos representar nos interessa saber qual é o projeto, sem projeto político aberto e claro qualquer candidatura (dentro ou fora do partido) representa somente interesses individuais ou grupais, jamais coletivos. Os interesses coletivos são nossa prioridade pois são os interesses do povo.

Mudaremos a política mudando as práticas políticas!

Qualidade na intervenção política, democracia e transparência!

A prática é critério da verdade!

#ALutaContinua  

Novo Movimento Democrático #NMD


[1] Em alusão as comissões provisórias indicadas pelas direções partidárias que tem até 90 dias de funcionamento e acabam por funcionar durante anos.

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