A Secretaria Municipal de
Saúde de Curitiba está investigando a morte de um paciente que teria ficado
cerca de três horas esperando passar por um médico na Unidade de Pronto
Atendimento do bairro Fazendinha. O caso ocorreu na tarde de sábado, dia 08. Segundo
informações, Marcos Rogério Ferreira, de 58 anos, teria ficado três horas numa
cadeira de rodas e só teria recebido atendimento médico após ter uma convulsão
na sala de espera. Ele teve uma parada cardíaca em seguida faleceu.
De acordo com a Secretaria
Municipal de Saúde, Marcos deu entrada na unidade por volta das 16h40, com
queixa de dor no estômago. A situação foi avaliada como pouco urgente, de
acordo com normas do Protocolo de Manchester.
Espera-se que não haja mais
nenhuma morte em Curitiba por conta do descaso com a área da saúde, e que não
seja preciso isso acontecer para enxergar que é preciso melhorias na qualidade
do atendimento e na redução no tempo de espera. Contudo, o falecimento faz com
que perguntas sejam levantadas sobre a gestão Greca: afinal, o dinheiro que diz
ser colocado no Fundo da Saúde foi realmente colocado nele? E se foi, por que
parece que não foi usado para, de fato, melhorar a saúde em Curitiba?
Antes mesmo de assumir a
prefeitura de Curitiba, Rafael Greca resolveu retirar R$12 milhões da área da
cultura, e justificou o corte como sendo uma injeção na área de saúde da cidade.
“Enquanto a saúde correr riscos, não haverá música”, afirmou o então prefeito
eleito. Em abril, essa “troca” de um setor para outro ocorreu.
A maior parte desse montante,
R$ 8,8 milhões, saiu do Fundo Municipal da Cultura. O valor representa 73% dos
recursos previstos para o financiamento de projetos culturais em 2017. Os
outros R$ 3,2 milhões saíram de recursos de custeio das atividades da Fundação
Cultural de Curitiba.
Por meio de nota, a prefeitura afirmou que a transferência foi necessária, já que a saúde é um dos setores mais atingidos pelo déficit no orçamento de 2017 e uma das mais urgentes em melhorias. Porém, com o falecimento de Marcos, parece mesmo é que o curitibano ficou, e continuará ficando, sem saúde e sem música.
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