por Rafael Xavier*
O Brasil vive momento histórico
efervescente. Escândalos milionários devidamente investigados e julgados
deixaram a mostra uma face nada
republicana do modelo político e eleitoral
em vigência.
Empresários, lobistas, assessores, vereadores, prefeitos, deputados, governadores, e vários candidatos, de todos os partidos, envoltos em um mar de corrupção. Novidade?
Não. Constatação.
Listas de pagamentos de
empreiteiras a políticos que remontam à já longínqua década de oitenta, comprovam a falência de um sistema que há
muito está corrompido e só assusta quem se permitiu alienar, vendo o próprio
destino sendo decidido à margem de sua vontade.
A velocidade do acesso à informação imposto pela
internet e a democratização de seu uso, têm reflexos visíveis na maior atenção
dispensada à política pela população. De
acordo com o PNAD mais da metade dos brasileiros acima de 10 anos tem acesso à
internet[1], isso corresponde a 95,4 milhões de pessoas, o que tem auxiliado a fomentar o debate acerca do tema e influência diretamente no sentimento da população em relação à classe política.
Porém a quantidade também vem acompanhada da falta de qualidade, e o mundo digital é responsável pela criação de novos heróis e vilões a cada dia, tornando-os efêmeros e superficiais sob o prisma da opinião pública. Não se separa o joio do trigo e boas práticas políticas, na maioria das vezes, deixam de ser noticiadas.
Cabe ao eleitor mais atento, que consegue se indignar e filtrar a enxurrada de informações em meio à exposição exacerbada do caos, utilizar dos meios cabíveis para discutir o que realmente interessa: A mudança do sistema político e eleitoral do Brasil.
*Rafael Xavier é Conselheiro Nacional da Fundação Ulysses Guimarães, tesoureiro estadual da entidade e militante do Novo Movimento Democrático.
[1]
http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2016/04/economia/491938-mais-da-metade-dos-brasileiros-tem-internet-pobres-permanecem-menos-conectados.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário